Assassinato de Marca: quando a empresa mata a própria identidade

Sim, é isso mesmo o que você leu: assassinato de marca .

Pode parecer um termo forte – e é. Mas traduz com precisão o que acontece quando uma empresa, ao longo do tempo, toma decisões desconectadas da sua essência.
Troca o tom de voz nos comerciais. Muda o visual das peças publicitárias, tudo sem planejamento. Cada campanha parece ser de uma anunciante diferente. Os canais de comunicação utilizados já não se comunicam e complementam.

E o resultado?

A marca vai sendo sufocada, pouco a pouco.

Publicitária, há muitos anos à frente da Pharaoh Digital, já assisti a esse filme várias vezes e o resultado é, invariavelmente, o mesmo: a morte destas empresas.

E não se trata de um erro isolado — é uma sequência de escolhas e interferências feitas sem o conhecimento necessário e sem qualquer direção estratégica.

A identidade vai se perdendo, a conexão com o público se enfraquece e a marca, antes forte, começa a desaparecer.

E então, um dia, a empresa se dá conta:

“O consumidor já não reconhece a empresa como referencia”
“A comunicação não gera mais conexão.”
“A marca perde a força.”

Sim… são só algumas das consequências e o pior é que, na maioria das vezes, quando se dá conta disso já é tarde demais.

Um agravante nesse processo é que ele quase sempre acontece sem intenção.
É consequência da ausência de posicionamento claro diante do público alvo, da falta de cuidado com pequenos detalhes que fazem grande diferença, e da ideia equivocada de que o marketing se resume em mensagens e tendências.

E aqui vai uma verdade importante:

Marca forte não se constrói com improviso. É fruto de um esforço contínuo, guiado com estratégia, consistência e propósito.

Quando a identidade é negligenciada, a empresa perde valor de mercado, reduz sua percepção de autoridade e rompe o vínculo emocional com o público. E resgatar essa conexão exige muito mais esforço — e investimento — do que preservá-la.

Algumas sugestões como profissional da área:

Siga o manual da marca. Ele é o guia que garante coerência e harmonia visual em todos os pontos de contato, independentemente de quem está executando a comunicação, seja um gestor de tráfego, um designer, uma gráfica ou qualquer outro profissional.

Contrate profissionais que realmente entendam de publicidade e marketing. Nem todo mundo que faz um curso on-line, acompanha alguns dos “magos” no Youtube sabe, na prática, construir ou manter o posicionamento de marca. Branding, meus caros, branding.

Vai contratar alguém novo? Certifique-se de que esse “profissional” compreende a essência de sua empresa antes de iniciar qualquer ação.

Não adianta técnica sem sensibilidade. Muitas vezes as ações são baseadas em opiniões de esposas, maridos, cunhados, secretárias… Há também o caso em que as empresas contratam uma pessoa para ser a interface entre a agência e o cliente e, por necessidade de aparecer junto aos chefes, começa a boicotar a agência para ocupar o cargo de marketeiro.  O desastre quase sempre é inevitável.

Digo isso baseando-me em muitos cases de fracasso que testemunhei nos últimos anos. Empresas antes referência forte no setor em que atuavam, agora minguando diante de uma concorrência cada vez mais agressiva.

O que será que mudou? O mercado ou a empresa, antes bem posicionada e agora perdida, sem autoridade diante deste mesmo mercado?

A marca precisa ser entendida antes de ser promovida.

O que sustenta uma marca não é só o que ela mostra — é o que ela representa, o que comunica e o que entrega com clareza.

Se a comunicação da sua empresa é confusa, se o público já não reconhece a sua identidade, está na hora de uma reflexão:
➡ Você está cuidando da sua marca como um ativo estratégico?
➡ Ou você está, aos poucos, dissipando o que o tornava seu negócio único ou especial?

Sua marca merece viver — com presença, força e propósito.

Mas para isso, precisa ser cuidada com estratégia e consciência.
Caso contrário, ela morre…
E quando a empresa percebe, muitas vezes, já é tarde demais.

 

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2 Comentários

  • Manu Alves

    Sábias palavras. Se a comunicação está confusa, os clientes terão essa mesma sensação.

  • Manu Alves

    Sábias palavras. Se a comunicação está confusa, os clientes terão essa mesma sensação, e o valor dessa marca tende a cair.

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