Na madrugada de 22 de junho de 2025, os Estados Unidos lançaram um ataque aéreo coordenado contra os principais complexos nucleares iranianos — Fordow, Natanz e Isfahan — utilizando bombas “bunker-buster” e mísseis Tomahawk. A ação, considerada “bem‑sucedida” pela Casa Branca, gerou indescritível repercussão internacional, com promessas de retaliação, críticas do Conselho de Segurança da ONU e risco de escalada militar na região

Na madrugada deste domingo (22), por volta das 2h30 (hora do Irã), o Pentágono confirmou ter efetuado ataques aéreos com linhas cruzadas sobre os complexos nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan — instalações consideradas estratégicas para o enriquecimento de urânio . A ação, nomeada pela imprensa como Operation Midnight Hammer (Martelo da Meia Noite, em tradução livre), contou com o uso de bombardeiros B‑2 stealth, mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados de submarinos, além de 14 bombas GBU‑57A/B “Massive Ordnance Penetrator” (MOP), projetadas para perfurar até 60 metros de rocha

O presidente Donald Trump descreveu a operação como “muito bem‑sucedida”, afirmando que os aviões retornaram sem dano e que os alvos tiveram seus sistemas de enriquecimento “eliminados” conforme ele próprio postou em seu perfil Truth Social.

Das linhas opostas emergem diante dos protagonistas do conflito:

• O Irã contestou a gravidade dos danos, informando que o urânio enriquecido que havia nestes locais foram retirados previamente e que não há indícios de estruturas nucleares subterrâneas comprometidas

• Fontes militares independentes reportam que, ao menos as estruturas externas foram severamente atingidas, mas a extensão interna permanece incerta .

Repercussões Internacionais

• O Secretário‑Geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação, classificando o episódio como “um perigoso ponto de inflexão” que pode desencadear uma escalada regional perigosa.

• O Conselho de Segurança da ONU agendou sessão de emergência para avaliar a legalidade e possíveis violações da Carta das Nações Unidas .

• Rússia e China foram veementes em suas críticas, com Moscou alertando para o risco de fornecimento de armas nucleares a Teerã caso novas agressões continuem.

Cena Política nos EUA

• Entre republicanos, a ofensiva recebeu apoio político, considerada por alguns como necessária para conter a ameaça representada pelo programa nuclear iraniano .

• por sua vez democratas expressam preocupação sobre a legalidade do ato — questionando a ausência de autorização do Congresso e o risco de guerra prolongada .

Possível Retaliação

• O Irã já anunciou respostas “decisivas”, incluindo possíveis novos ataques com mísseis balísticos contra bases norte americanas no Oriente Médio. Existe forte preocupação em relação ao Estreito de Hormuz, por onde escoa 30% da produção global de petróleo e que pode vir a ser bloqueado pelo Irã. 

• Grupos aliados ao Irã (como os Houthis no Iêmen) declararam atuar em solidariedade, podendo lançar ataques a navios ou interesses dos EUA ou Israel .

• Israel, parceiro central nessa estratégia, apoiou militarmente e enalteceu a ação, destacando sua própria ofensiva recente contra alvos iranianos .