O Cinema Comentado Cineclube retoma as sessões neste segundo semestre de 2025, exibindo um longa, com produção de cineastas mineiros, e um curta produzido em Montes Claros. A exibição do longa é resultado da parceria com o Circuito Embaúba Filmes, que já vem sendo realizada desde o semestre anterior.
A Embaúba é uma distribuidora mineira, que leva lançamentos para serem exibidos em cineclubes, escolas, universidades, salas independentes e cidades que estão fora do circuito tradicional, ou seja, não tenham salas de cinema comerciais. Este é um trabalho que o Cinema Comentado tem apostado nos últimos tempos, trabalhar em conjunto com distribuidoras e empresas independentes.
Programação:
Dias: 23 e 24/07 –
“Sá Dona” (2025 – 16minutos – Ficção).
Direção: Fernando Rodrigues.
Sinopse: Uma tarde, chá, biscoitos e lembranças. A atriz e diretora teatral Terezinha Ligia, relembra Sá Dona, personagem criada por ela que, ao remexer suas memórias, vai encontrar algumas surpresas.
Dia: 25/07 –
“Yõg Ãtak: Meu pai Kaiowá” (2024 – 94minutos – Ficção).
Direção: Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna.
Sinopse: A busca de duas irmãs pelo pai, que durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985), sai de Minas e vai para o Mato Grosso. O reencontro, e a realidade de parte das populações originárias nesses dois Estados.
Segundo o presidente do Cinema Comentado Cineclube, o jornalista Elpidio Rocha, a programação cinematográfica começa com a exibição de “Sá Dona”, dirigido por Fernando Rodrigues, e prossegue com o Circuito Embaúba. “São exibições especiais com a proposta de mostrar o melhor e mais recente da produção nacional e local. E nesse período de recesso escolar, os filmes se transformam em excelente opção para ampliar conhecimentos”, diz Elpídio Rocha.
Sobre “Sá Dona”, Kaiowás e Maxakalis
“Sá Dona” foi uma personagem criada pela atriz e diretora teatral Terezinha Ligia, para a peça “Vem ver Boi”, no ano de 2009. Esta é a primeira experiência da diretora como atriz de cinema. Ela dirige o Grupo Teatral Fibra desde 1979, tendo dirigido inúmeros espetáculos.
No curta, também se lançando na sua primeira direção, o cientista social Fernando Rodrigues, criador do Cinema Comentado Cineclube. Além de dirigir, Fernando é responsável pelo argumento e pelo roteiro. A direção de produção é de Renata Maia, e a direção de fotografia de Samuel Reis. O filme foi realizado através de recursos da Lei Paulo Gustavo.
Para Fernando Rodrigues, “Sá Dona” é uma história sobre a memória e sua força. “O curta também toca na importância da criação artística, e em como ela vai impactar o criador. É sobre passado e presente, e como seguir em frente em tempos difíceis”, explica o diretor.
Já “Yõg Ãtak: Meu pai Kaiowá”, trata da busca de Sueli Maxakali e sua irmã, Maisa Maxakali, pelo pai, Luis Kaiowá, de quem foram separadas durante a Ditadura Civil-Militar. Uma jornada da cineasta para encontrar o pai, que saiu de Minas Gerais e foi para o Mato Grosso. Todo falado nos dois idiomas, povos Maxakali e povos Kaiowá, mas com legenda em português, o filme também retrata o cotidiano de duas comunidades originárias, uma em Minas e a outra no Mato Grosso.
As exibições acontecem no Museu Regional do Norte de Minas, ligado à Unimontes, um dos apoiadores do projeto, junto com o Circuito Embaúba e a Fulô Comunicação e Cultura. O Museu Regional está localizado no Corredor Cultural, rua Coronel Celestino, 75, centro da cidade. As sessões acontecem a partir das 19horas e o acesso é gratuito.
Contato: Elpídio Rocha – Fone (38) 99121-7508