O Governo de Minas deu início à campanha Agosto Dourado 2025, com o objetivo de promover, proteger e apoiar a amamentação em todo o estado. Com o tema “Priorize a Amamentação: Crie Sistemas de Apoio Sustentáveis”, a ação reforça que o aleitamento materno vai além de uma escolha individual, exigindo o envolvimento de toda a sociedade.
A campanha é marcada por atividades em unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), como a Maternidade Odete Valadares (MOV), o Hospital Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, e o Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora — todas certificadas como “Hospitais Amigos da Criança” pelo Ministério da Saúde.
Um dos destaques do Agosto Dourado é o curso Bebê a Bordo, promovido nesta quarta-feira (30) pela MOV, que reuniu casais grávidos para orientações sobre parto, cuidados com o recém-nascido e a importância do leite materno para a saúde do bebê e da mãe.
Leite materno: alimento completo e proteção natural
Considerado um alimento ouro, o leite materno é completo até os 6 meses de idade, sem necessidade de chás, sucos ou água. Rico em anticorpos, ele protege contra doenças como infecções respiratórias, diarreia, alergias, hipertensão e obesidade, além de favorecer o desenvolvimento da fala, dentição e respiração da criança.
A coordenadora do Banco de Leite Humano da MOV, Karine Antunes, lembra que amamentar é um ato que exige apoio contínuo: “Amamentar é um direito e uma responsabilidade compartilhada. Priorizar a amamentação é uma decisão estratégica de saúde pública”.
Exemplo de superação: o caso da pequena Esther
A história da autônoma Edna Aparecida Gomes é um exemplo do impacto positivo do aleitamento. Sua filha Esther nasceu prematura, em agosto de 2024, após um quadro de pré-eclâmpsia, e ficou internada na UTI neonatal da MOV. Mesmo diante das dificuldades, Edna insistiu na amamentação e contou com o apoio da equipe hospitalar e do Banco de Leite Humano.
“Não foi fácil, comecei a amamentar em meio a dores e lágrimas, mas valeu a pena. Hoje, minha filha está saudável e seguimos firmes com a amamentação”, conta Edna, emocionada.
Avanços para servidoras: teletrabalho até os 2 anos do bebê
Como parte das políticas de incentivo à amamentação, o Governo de Minas também publicou uma resolução, no início de julho, que garante teletrabalho para servidoras lactantes com funções compatíveis com a modalidade.
A medida é válida para o período entre o fim da licença-maternidade e os 24 meses do bebê, garantindo mais flexibilidade para que as mães possam manter o aleitamento e fortalecer o vínculo com os filhos.
Segundo a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a resolução representa um avanço na organização do serviço público, com benefícios diretos às famílias e reflexos positivos para toda a sociedade.