Norte de Minas diante da ameaça da dengue, chikungunya e zika também em 2025

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros alerta os gestores do Norte de Minas sobre a necessidade de intensificar os trabalhos de eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti.

Neste mês de janeiro 592 casos suspeitos de dengue estão sendo avaliados e 67 já foram confirmados.

O Norte de Minas já apresenta 103 internações hospitalares de pessoas com suspeita de terem sido acometidas por alguma das arboviroses (dengue, chikungunya ou zika vírus) agora em 2025. Com registro de uma morte em Coração de Jesus que está sendo investigada para confirmar a causa suspeita de dengue.

A coordenadora de vigilância em saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, alertou que a circulação do sorotipo 3 da dengue neste ano de 2025 é preocupante pelopotencial de provocar formas graves da doença.

Aa febre de Oropouche, que pode ser confundida com dengue, chikungunya e zika, segundo a coordenadora contabilizou no ano passado mais de 13,8 mil casos notificados no Brasil, sendo que deste total 302 foram registrados em Minas Gerais. Essa doença já tem 893 casos notificados no país só neste mês de janeiro, com 882 destas notificações registradas no Espírito Santo, estado que faz divisa com Minas Gerais.

Na área de atuação da SRS Montes Claros 43 municípios já estão sendo contemplados com a identificação de possíveis focos de proliferação do Aedes aegypti em locais de difícil acesso, com a utilização de drones. Trata-se de uma inovação para o apoio aos serviços municipais de vigilância. O trabalho já possibilitou a identificação de mais de 9.200 potenciais focos do mosquito e os municípios precisam ser ágeis na eliminação dos criadouros, num prazo máximo de sete dias a partir do mapeamento realizado pelos drones”, reforçou Agna Menezes. Esse é o prazo para que a partir de eventuais ovos nestes locais novos insetos cheguem à fase alada e iniciem novos ciclos.

Conforme Guilherme Leal Andrade, presidente regional do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), “para evitar que nova epidemia de dengue ocorra neste ano, a exemplo da situação vivenciada em 2024, é necessário que cada município assuma a responsabilidade de enfrentar as suas fragilidades para a implementação das ações de vigilância em saúde. Só assim teremos condições de reduzir a quantidade de pessoas doentes e, consequentemente, diminuir a ocorrência de óbitos”.

Mapeamento por drones – Resultados

Em 43 municípios da região, que já tiveram mais de 2,8 mil hectares mapeados por drones, foram identificados 2.280 tonéis e tambores destampados, o que compreende 31,11% de potenciais focos de proliferação do Aedes aegypti; 1.850 locais com acúmulo de lixo (24,63%); 916 piscinas (12,50%); 826 caixas d´água destampadas (11,27%); 685 pneus (9,35%); 635 lajes com acúmulo de água (8,66%); 131 máquinas e equipamentos aparentemente sem utilização (1,79%) e 49 poços e cacimbas (0,67%).

Em Montes Claros, o mapeamento de 800 hectares de áreas de difícil acesso detectou a existência de 1.874 potenciais focos de proliferação do Aedes aegypti, distribuídos da seguinte forma: 578 piscinas que representam 30,8% dos potenciais focos de reprodução do Aedes aegypti; 351 caixas d´água destampadas (18,7%); 342 locais com acúmulo de lixo (18,2%); 268 tonéis e tambores destampados (14,3%); 233 lajes com acúmulo de água (12,4%) e 32 máquinas e equipamentos aparentemente sem uso (1,7%).

Relatório LIRAa em Montes Claros

O relatório LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) é um método de amostragem que identifica a presença do mosquito Aedes aegypti em uma determinada região.

O LIRAa é uma ferramenta do Ministério da Saúde que ajuda a controlar a transmissão de doenças como a dengue, chikungunya e Zika.

O LIRAa é realizado em todos os municípios brasileiros, por meio de agentes de endemias que visitam imóveis sorteados aleatoriamente. Durante a visita, são coletadas larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).

Os resultados do LIRAa são utilizados para:

  • Identificar áreas com maior risco de transmissão de doenças
  • Mapear os criadouros predominantes
  • Definir estratégias de controle do mosquito
  • Ajudar a delimitar áreas de risco
  • Avaliar metodologias de controle
  • Divulgar os resultados para a população

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