Durante a cúpula em Haia, os países da OTAN selaram um compromisso histórico: elevar os gastos de defesa para 5% do PIB até 2035. O ex-presidente Trump foi reconhecido por fortalecer o bloco, enquanto Mark Rutte destacou a importância de repartir os custos para enfrentar a ameaça russa.
Na cúpula realizada nos dias 24 e 25 de junho em Haia, 32 nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram com um aumento substancial nos orçamentos de defesa — passando dos atuais 2% para 5% do PIB até 2035. Desse total, 3,5% serão destinados à defesa convencional e 1,5% para “capacidades de segurança ampliadas” como cibersegurança e logística .
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi elogiado por ter impulsionado essa meta.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, logo no primeiro dia do encontro. Segundo ele, o plano representa um “salto gigantesco” em relação ao atual cenário, no qual a maioria dos 32 países-membros investe entre 2% e 3,5% do PIB em defesa. Agora, a meta mínima será de 5%, sem exceções, embora alguns países tenham pedido mais tempo para adequação.
Rutte destacou que essa elevação é fundamental para que a aliança possa “ganhar a guerra de produção militar contra a Rússia”. Ele alertou: “É impensável que um país com economia 10 vezes menor consiga nos superar em poder de fogo”.
Líderes europeus, como o chanceler alemão Friedrich Merz, afirmaram que o movimento não é favorecimento a Washington, mas sim uma resposta necessária “à mudança radical do cenário de segurança com a Rússia”.
A cúpula também destacou a modernização tecnológica das forças, incluindo compromissos do Reino Unido para adquirir 12 caças F‑35A com capacidade nuclear e o lançamento de missões conjuntas de ciberdefesa.