Depois que a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, caiu no dia 22 de dezembro de 2024, provocando a morte de 14 motoristas e passageiros, a questão de segurança destas estrututras em todo o Brasil passou a merecer atenção especial.
entretanto a tragégia serviu para alguns políticos aproveitar para ganhar exposição, principalmente em suas redes sociais.
No Norte de Minas a ponte que dá acesso a Januária, ligando as cidades de Pedras de Maria da Cruz e Januária foi “vistoriada” pelo senador Cleitinho que fez uma denuncia. No entanto suas colocações foram desmentidas pelo DER.
Assista ao vídeo e em seguida leia a nota publicada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em seu site.
A ponte sobre o rio São Francisco, na MGC-135, entre Januária e Pedras de Maria da Cruz, na região norte mineira, não corre qualquer risco de sofrer colapso de sua estrutura. Esta foi a conclusão dos técnicos especializados do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) que vistoriam o local nesta sexta-feira (14/2).
Essa foi a segunda vez na semana que a ponte, construída nos anos 1990, com 1.054m de comprimento e 12,7m de largura, passa por vistorias para reafirmar a sua solidez. Toda essa mobilização foi realizada para tranquilizar a população da região que estava preocupada com a situação da estrutura depois que vídeos sem fundamentos, distribuídos na internet, começaram a questionar a existência de uma junta de dilatação e do fato dela balançar durante a passagem de veículos.
“Devido a sua grande extensão, a ponte foi construída em módulos separados e o espaçamento entre eles, tecnicamente chamado de junta de dilatação, serve justamente para que as partes não se atritem. A estrutura, que pesa milhares de toneladas, foi dimensionada e concebida prevendo estas movimentações ou balanço, de forma a absorver a energia de fatores externos como o tráfego de veículos e ventos, como também as variações decorrentes da dilatação do concreto em função das mudanças de temperatura. Portanto, sem as juntas de dilatação e a flexibilidade do balançar, que são previstos nos projetos de engenharia, aí sim, a ponte correria o risco de não ficar de pé”, explica o diretor de Construção do DER-MG, Anderson Tavares.
As pontes são projetadas para se adaptarem à dilatação do concreto. Para evitar pontos de fadiga e fissuras, são previstas fendas entre os elementos estruturais. A movimentação de veículos sobre as pontes é a principal fonte de vibração. Nos projetos é previsto a capacidade de carga e a movimentação destas ao longo do percurso.
O DER-MG entre as suas contratações e atividades a serem executadas em 2025/26 está a inspeção e elaboração de projetos para recuperação de 217 pontes e/ou viadutos, sendo que na área da Unidade Regional de Januária estão previstas ações nas pontes sobre o rio São Francisco e Poeira, ambas na MGC-135.