Prevenção às ISTs e diagnóstico precoce: cuidados que devem ir além do Carnaval

O Carnaval já passou, mas os cuidados com a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) precisam continuar ao longo do ano. O uso de preservativos, a testagem regular e o acesso a tratamentos são essenciais para evitar a propagação dessas doenças.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente preservativos, testes rápidos e tratamentos para HIV, sífilis e hepatites virais. A detecção precoce dessas infecções permite o início imediato do tratamento, reduzindo complicações e interrompendo a cadeia de transmissão.

Proteção após exposição ao risco

Para quem teve contato com o HIV em situações de risco, como relações desprotegidas ou rompimento do preservativo, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) pode ser uma medida eficaz. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, dentro de um prazo máximo de 72 horas, para garantir sua eficiência.

A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Cristina Marques de Almeida, explica que a PEP está disponível em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais e é indicada também para vítimas de violência sexual e profissionais que sofreram acidentes com material biológico.

“A profilaxia para o HIV tem duração de 28 dias e exige acompanhamento da equipe de saúde, incluindo exames periódicos após o tratamento”, destaca Mayara.

A importância da testagem regular

A testagem rápida é segura, gratuita e está disponível nas unidades de saúde em Minas Gerais. O diagnóstico precoce não apenas permite o início imediato do tratamento, mas também melhora a qualidade de vida do paciente e reduz o risco de novas infecções. Pelo SUS, é possível realizar testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C.

O estado conta com 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que oferecem atendimento multiprofissional, além da testagem disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Atendimento acessível e sigiloso

Os serviços de testagem no estado não exigem marcação prévia e oferecem resultados rápidos, além de aconselhamento para reforçar a importância do sexo seguro. Caso o teste dê positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento na rede pública.

Apesar das alternativas de prevenção e tratamento, especialistas reforçam que o uso do preservativo continua sendo indispensável. “A camisinha protege não apenas contra o HIV, mas também contra outras ISTs”, alerta a infectologista Melissa Bianchetti Valentini.

Situação das ISTs em Minas Gerais

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam que, em 2024, foram registrados 4.743 casos de HIV/Aids e 23.055 casos de sífilis adquirida no estado. Já os casos de hepatites A e B somaram 205 e 785, respectivamente.

O aumento das infecções está associado a fatores como a redução do uso de preservativos, múltiplas parcerias sexuais, baixa adesão à vacinação e falta de conhecimento sobre educação sexual.

Manter a prevenção ativa e buscar o diagnóstico precoce são medidas fundamentais para reduzir esses números e garantir a saúde da população em Minas Gerais.

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