O Governo de Minas Gerais decretou emergência sanitária animal nesta terça-feira (27) após a confirmação de um caso de gripe aviária em aves ornamentais, registrado em um sítio na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A medida tem como objetivo reforçar as ações de prevenção, contenção e enfrentamento da doença no estado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o caso foi confirmado na segunda-feira (26). Apesar do registro, a produção avícola mineira segue funcionando normalmente, sem impactos ou prejuízos até o momento.
Em nota oficial, o governo destacou que a decisão permite mobilizar recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros, visando garantir a adoção imediata de medidas sanitárias necessárias para proteger o setor produtivo.
Histórico recente da gripe aviária em Minas
O estado já havia registrado, em 2023, um caso isolado de Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2) em um pato de vida livre, uma variante considerada de baixo risco e sem perigo para humanos, segundo as autoridades sanitárias na época.
Plano nacional de contingência
As ações fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), implementado em 2022, que envolve governos federal, estaduais e o setor produtivo. As medidas incluem reforço na vigilância de granjas, campanhas de educação sanitária e atuação rápida em casos suspeitos.
O governo reforça que a gripe aviária tem transmissão rara para humanos, restrita a situações de alta exposição ao vírus ou baixa imunidade. Além disso, não há risco de transmissão por alimentos devidamente cozidos.
Descarte preventivo de ovos
Como parte do protocolo de controle, o governo mineiro realizou no dia 17 de maio o descarte de 450 toneladas de ovos destinados à reprodução de aves, como medida preventiva. Os ovos vieram de uma granja comercial localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do vírus em 15 de maio.
O caso motivou o fortalecimento das ações de vigilância em Minas Gerais, que segue monitorando a situação para evitar qualquer risco de disseminação da doença no território mineiro.