A partir deste domingo (16), os passageiros do transporte coletivo de Montes Claros terão que arcar com um aumento de 8,23% no valor da tarifa, que passará de R$ 4,25 para R$ 4,60. O reajuste, publicado em decreto pela Prefeitura, foi justificado pelo Consórcio Moc Bus como uma medida necessária para equilibrar os custos operacionais da empresa. No entanto, as novas exigências previstas para o consórcio, como a renovação da frota e a instalação de novos abrigos de passageiros, estão suspensas pela Justiça devido ao não cumprimento do equilíbrio econômico desde a pandemia.
João Neto, gestor de marketing do Consórcio Moc Bus, defende a medida e afirma que o aumento é indispensável para a continuidade dos serviços. “A cada ano, enfrentamos o aumento de impostos, combustíveis e peças de reposição. O reajuste é um ajuste necessário para que possamos continuar oferecendo o transporte sem comprometer a qualidade do serviço”, explicou Neto. Ele ainda ressaltou que as exigências do decreto, como a renovação da frota e a construção de novos abrigos, são cláusulas que buscam melhorar o transporte público, mas que estão suspensas pela decisão judicial.
Porém, Renata Martins, moradora do bairro JK, que utiliza o transporte público diariamente para ir ao trabalho, não esconde a insatisfação com o reajuste. “Para quem depende de ônibus todos os dias, qualquer aumento pesa. O custo já está alto, e com esse aumento, fica ainda mais difícil equilibrar as contas no final do mês”, afirmou. Ela ainda destacou que, para quem não tem acesso a transporte particular, os custos com as passagens representam uma grande parte do orçamento familiar.
A situação gerou um debate entre a população e o consórcio, com muitos passageiros questionando a qualidade do serviço e a necessidade de um reajuste em meio à crise econômica. Enquanto isso, a Prefeitura e o consórcio tentam negociar os próximos passos, com o objetivo de atender às exigências da justiça e oferecer um transporte mais eficiente à população.