Segundo o relato da mãe da criança à Polícia Militar, ela estava terminando de lanchar e se preparava para ir embora quando o homem, que aguardava na fila, começou a interagir com a bebê, dizendo “ah neném! Que neném lindo”.

Em seguida, ele teria afirmado ao pai da criança, que estava próximo, que se tratava de um bebê reborn, ou seja, uma boneca realista. Mesmo com a negativa do pai, o suspeito insistiu e desferiu um tapa de mão aberta na cabeça da criança, no lado direito, causando um inchaço atrás da orelha.

Diante da agressão, outras pessoas que estavam no local se revoltaram, dominaram o homem e o mantiveram sentado próximo ao food truck até a chegada da polícia, acionada pelo 190. Uma viatura que passava pelas proximidades foi alertada por testemunhas e atendeu à ocorrência.

Os pais e o bebê foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde a criança recebeu atendimento pediátrico. Profissionais de saúde que atenderam o recém-nascido alertaram sobre a gravidade da agressão em uma criança tão pequena, destacando o risco para a integridade física, especialmente na região cervical, devido à fragilidade da caixa craniana ainda em formação.

O agressor, que apresentava arranhões no braço esquerdo, devido à queda ao ser contido por testemunhas, foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro-Sul antes de ser conduzido à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente.

Segundo o boletim de ocorrência, ele afirmou aos policiais que agrediu a criança porque acreditava que a mãe queria usar o “bebê reborn” para ter preferência na fila e que isso o revoltou. O homem disse não fazer uso de medicamentos controlados, mas admitiu ter consumido bebida alcoólica. No entanto, no momento da abordagem, os policiais declaram que o suspeito aparentava estar sóbrio e consciente de suas ações.

A reportagem procurou a Polícia Civil para saber se o homem teve a prisão mantida. O estado de saúde da recém-nascida não foi divulgado.